Foi roubando o meu sangue
Que você me trouxe vivo
Direto do tempo
Pra morar no passatempo
Mais um cravo, mais um crivo
Quinto dos degraus de Dante
Que o amor fez paraíso
Toda carne, todo osso,
Meio vampiro e pescoço
Quantas marcas sobrevivo?
O tédio de esconder o mesmo rosto
O resto do corpo sem alma
Verdade que nunca se catequiza
O que é selvagem, ninguém para
O gosto do sabor que nunca houve
Vestíbulo, me chamo fogaréu
Eu vivo de sangrar seu sobrenome
Mar e terra, quero céu